Quer ser mais criativo? Escute músicas alegres!

Estudo afirma que algumas músicas ajudam a estimular o cérebro.

Publicado em 20/06/2023 por Rodrigo Duarte.

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Todo mundo gosta de música. Alguns se dedicam mais a este gosto, indo atrás das novidades e escutando música sempre que pode, enquanto que outros escutam músicas de forma mais moderada. Mas todos acabam tendo aquela canção que acaba pegando mais no dia a dia, ou então aquele cantor ou aquela banda que mexe com os sentimentos.

Quer ser mais criativo? Escute músicas alegres!

Mas existem diversas pesquisas que mostram que a música acaba tendo um efeito imediato em diversos aspectos do dia a dia das pessoas, e alguns até mesmo melhoram a qualidade de vida. Uma pesquisa recente liderada por Simone Ritter, da Universidade Radboud, dos Países Baixos, e Sam Ferguson, da Universidade de Tecnologia de Sydney, na Austrália, revelou o efeito da música na criatividade das pessoas.

Para fazer a pesquisa, foram selecionadas 155 pessoas, sendo que as mesmas foram divididas em quatro grupos diferente. Para cada um dos grupos foram deixadas algumas tarefas que deveriam ser realizadas pelos mesmos. Enquanto isso, foram colocadas músicas diferentes para cada um dos grupos escutar durante a atividade (tranquila, alegre, triste ou angustiantes), dependendo da sua emoção (positiva ou negativa) e excitação (alta ou baixa). Um dos grupos ficou em silencio.

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Depois disso, os pesquisadores fizeram uma análise bastante aprofundada relacionada as soluções que foram encontradas por cada grupo, mas também a forma como eles trabalharam. Aquelas pessoas que conseguiram apresentar as soluções mais originais e úteis a tarefa que foi proposta receberam uma maior pontuação de criatividade divergente. Já aquelas pessoas que conseguiram a melhor solução possível receberam uma maior pontuação na chamada criatividade convergente.

Os resultados da pesquisa demonstraram que as pessoas que escutaram músicas mais animadas, definida como uma música clássica com valor positivo e alta em excitação, conseguiram desenvolver um pensamento criativo mais divergente em comparação com aquelas pessoas que ficaram em silêncio.

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Os pesquisadores também conseguiram chegar a outras conclusões interessantes relacionando a música e os resultados das atividades. As variáveis da música alegre podem, por exemplo, aumentar consideravelmente a flexibilidade de pensamento. Sendo assim, a conclusão dos pesquisadores envolvidos foi a de que os participantes não teriam o mesmo desempenho se tivessem realizado a tarefa em silêncio.

No resumo da pesquisa, os cientistas afirmam que a música acaba tendo o poder de promover o pensamento criativo de maneira econômica e eficiente em diversos entornos científicos, educativos e organizativos.

Música também pode ajudar a combater o Alzheimer

Outras pesquisas também estão sendo feitas para entender melhor o papel da música na prevenção de determinados tipos de doenças, especialmente aquelas que são referentes ao funcionamento do cérebro. Cientistas do Instituto Max Planck de Neurociência e da Cognição Humana, em Leipzig, na Alemanha, fizeram uma pesquisa relacionando as músicas e o Mal de Alzheimer.

A premissa desta pesquisa foi a observação de que as pessoas que sofrem da doença costumam ter uma certa facilidade de lembrar de melodias. Além disso, muitas pessoas que acabam tendo este problema também apresentam fortes emoções ao ouvir determinadas canções que marcaram suas vidas.

A partir deste ponto, os cientistas resolveram fazer pesquisas para entender melhor essa relação. Os pesquisadores descobriram que a música fica armazenada em uma parte diferente do cérebro da que guarda a maior parte das nossas memórias.

Com isso, se chegou à chamada musicoterapia, terapia alternativa que se utiliza da música e dos seus elementos, pode ser muito interessante para ajudar no tratamento dos principais sintomas dos pacientes que sofrem dessa doença, que ainda não tem cura. Além disso, os pesquisadores também afirmam que a música pode ajudar a manter a memória das pessoas funcionando, reduzindo a chance dela ter a doença no futuro.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.