Conheça o estilo de vida Slow Food

Desde meados dos anos 90, na Europa, existem rumores que apontavam que diversos restaurantes vizinhos se opunham ao fast food e distribuíam de graça pratos de spaghetti al sugo para a população, evitando assim que o público entrasse neste tipo de estabelecimento.

O movimento foi criado na Itália no ano de 1986 e foi chamado de Movimento Slow Food. Este movimento foi criado por Carlo Petrini, que não se opõe apenas ao fast food, mas sim na velocidade em que é realizada uma refeição.

Ao que o Slow Food se opõe?

A prática do Slow Food acaba se opondo ao ritmo frenético de nossa vida atual, bem como ao desaparecimento de tradições culinárias regionais, além de o decrescente interesse das pessoas em seu momento de alimentação, procedência e saborização dos alimentos, bem como nossa escolha alimentar podendo afetar o mundo.

A Slow Food reúne atualmente mais de 100 mil associados no mundo todo, esta rede de membros é organizada em grupo, onde sob a coordenação de líderes, organizam de forma periódica uma série de atividades, entre elas oficinas de educação alimentar para crianças, bem como palestras, degustações, cursos, jantares, além de turismo enólogo e gastronômico, assim como ocorre o apoio de diversos tipos de campanhas que são lançadas através da associação internacional.

A Slow Food acaba por organizar eventos nacionais e internacionais, como o chamado Salone del gusto, esta que é a maior feira de comida e vinhos de qualidade do mundo, organizada através do Centro de Exposições Lingotto em Turim, na Itália. O evento reúne milhares de pequenos produtores agrícolas, chefs de gastronomia além dos pesquisadores do mundo todo.

Quais objetivos da Slow Food?

A slow food está envolvida diretamente na defesa da biodiversidade alimentar.

Outra particularidade é uqe ela preza pela sócio biodiversidade alimentar, promovendo desta forma produtos que estejam em risco de extinção. Muitos tipos de queijos artesanais, leites cru, mel de abelhas nativas, variedades de vegetais e raças de animais, ingredientes de preparo, entre diversas outras coisas, tudo isto que está se desaparecendo devido ao modelo padronizante e massivo de alimentação. O Slow Food basicamente tem interesse de proteger o patrimônio gastronômico através da Fundação Slow Food para a Biodiversidade.

Outra particularidade do slow food está relacionado a educação do sabor, já que a prática auxilia as pessoas a redescobrirem o prazer da alimentação e compreender de forma correta a importância de entender corretamente de onde a comida é proveniente, além de quem faz e como ela é feita.

A ligação entre os produtores e coprodutores também ocorre, já que o slow food acaba organizando as feiras, mercados e eventos locais e internacionais, onde diversos consumidores podem encontrar alimentos diversos, além de provar alimentos de grande qualidade.

Para quem o Slow Food responde?

O Slow Food representa sempre a todos que trabalham em prol da melhor qualidade dos alimentos, desencorajando assim alimentos baratos e industrializados, e investindo cada vez mais na alimentação de forma orgânica em larga escala.

Este movimento defende ainda a produção e comercialização de alimentos convencionais, e a compra direta dos produtores, bem como gerar ações que tornam os alimentos mais baratos por contarem com menos tempo de transporte, menos quantidades de produtos químicos para conservação, e por se tratar de uma cadeia de consumo sem atravessadores.

Além disto, a prática discute de forma mais aprofundada qual será o real custo do alimento, questionando com isto o custo ambiental dos alimentos como um todo, produzidos na escala industrial, bem como o custo para a saúde de quem consome estes alimentos.