Memória: 4 hábitos do dia a dia que podem acabar com ela

Confira dicas de como superar estes problemas para potencializar a memória.

Publicado em 26/02/2024 por Rodrigo Duarte.

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Uma pergunta que se torna muito comum dentro dos consultórios médicos conforme as pessoas avançam na idade é a seguinte: “Estou ficando mais burro à medida que envelheço”? E isso acontece especialmente em virtude da grande dificuldade que as pessoas acabam tendo de guardar determinadas informações e de manter a concentração e a memória para coisas simples do dia a dia.

Memória: 4 hábitos do dia a dia que podem acabar com ela

E realmente na medida em que as pessoas vão envelhecendo o cérebro vai perdendo a capacidade de prestar atenção em pequenos detalhes do dia a dia, o que normalmente é chamado na comunidade médica como senilidade. Mas, mesmo com a maior dificuldade que o cérebro acaba tendo de processar informações, existem determinados hábitos que as pessoas acabam mantendo no dia a dia e que podem prejudicar a capacidade de memória.

Por isso, antes de mais nada, é fundamental entender quais são os principais hábitos que prejudicam a memória.

Querer ser multitarefa o tempo todo

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Nos dias de hoje existe uma necessidade das pessoas estarem sempre fazendo diversas coisas ao mesmo temo, em uma capacidade que pode ser chamada de multitarefa. Essa inclusive acaba sendo uma das características mais procuradas pelas empresas no momento que elas estão buscando novos profissionais.

O cérebro conta com uma área chamada de córtex pré-frontal e que acaba sendo destinado basicamente a capacidade que as pessoas possuem em prestar atenção ao que está acontecendo ao seu redor. Mas a função pré-frontal e a sua capacidade de concentração costumam diminuir com o tempo.

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Quando as pessoas exigem que o cérebro preste atenção em diversas coisas ao mesmo tempo, elas estão sobrecarregando justamente a área do córtex pré-frontal do cérebro, minando os recursos que normalmente ajudariam as pessoas a criar e manter memórias mais fortes e consolidadas.

Não dar importância para a qualidade do sono

Na sociedade que vivemos nos dias de hoje, que a produtividade acaba sendo colocada acima de tudo, dormir pode ser considerado até mesmo um ato de “vagabundagem”. Afinal de contas, estamos vendo o tempo todo “coachs” com frases emocionais como “Trabalhe enquanto os outros dormem” e coisas do gênero.

Mas não dar a devida importância para o sono, tanto em relação a quantidade de horas como em relação a qualidade do mesmo, pode ir minando a capacidade de memória do cérebro. É durante o sono que o cérebro acaba eliminando resíduos metabólicos que se acumulam durante o dia, o que acaba sendo fundamental para que as conexões que permitem com que a memória funcione se mantenham fortes.

A privação de boas noites de sono costuma ser muito prejudiciais para o córtex pré-frontal, levando a um processo de fragmentação das memórias. Por isso, além de tentar dormir pelo menos 7 horas por noite, é fundamental investir em um ambiente que forneça uma excelente qualidade de sono e investigar qualquer problema de saúde que possa estar causando uma noite perturbada.

Fazer apenas atividades monótonas

O processo de funcionamento das memórias é complexo, reunindo diversas informações que permitem com que o cérebro lembre de um determinado acontecimento de uma forma mais clara, como uma música ou um cheiro. Eles formam gatilhos que formam as chamadas memórias episódicas, que permitem com que as pessoas lembrem de detalhes do que aconteceu.

Quando o cérebro não consegue identificar estes galhos, ele pode ter dificuldades para lembrar das coisas. Por isso, quando as pessoas estão estudando, por exemplo, elas precisam associar estes momentos com atividades que façam com que elas quebrem um pouco essa rotina.

Especialistas indicam que passar um tempo com uma maior variedade de pessoas, ir a lugares diferentes ou ainda passar por novas experiências pode ajudar o cérebro no processo de construção de memórias que sejam mais duradouras.

Ter muita confiança apenas na capacidade de memorização

Determinados momentos que exigem que as pessoas tenham uma maior capacidade de concentração e memorização, como quando elas conhecem pessoas estranhas que serão importantes no futuro, ou para aprender algum conteúdo novo, é fundamental que as pessoas não confiem apenas na capacidade do cérebro, por si só, lembrar de tudo.

Por isso é importante utilizar estratégias que forcem um pouco mais o cérebro. Por exemplo, quando as pessoas estão aprendendo algo novo, é muito importante sair apenas da modalidade passiva de leitura e partir para a prática, testando o conhecimento que foi obtido.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.